terça-feira, 3 de maio de 2011

1º de Maio



Este ano as centrais sindicais decidiram investir contra algumas grandes superfícies comerciais que, ao contrário dos anos anteriores, estiveram abertas ao público no 1º de Maio.
Em Sociologia, costuma chamar-se a isto resistência à mudança, mas é sabido que passa rapidamente.
Aquilo que eu não percebo é a razão pela qual estas mesmas centrais sindicais não reclamam contra os cafés, restaurantes, centro comerciais e empresas de transportes cujos trabalhadores também estiveram ao serviço no mesmíssimo 1º de Maio.
Ou, fazendo um pequeno esforço, talvez perceba.
É que, gostando os sindicalistas de fazer passeatas para Lisboa e também para as capitais de distrito neste dia, deve-lhes dar muito jeito poder alugar autocarros e ter a certeza que no seu local de destino encontrarão sem problemas cafés e restaurantes para se alimentarem e, quem sabe, um centro comercial ou mesmo um supermercado com 1999 m2 onde podem fazer umas compras para o jantar.
Esta demagogia bacoca das centrais sindicais não faz qualquer sentido 37 anos depois do 25 de Abril. E faz ainda menos sentido a imprensa, na sua generalidade, dar palco a estas reivindicações, sem fazer uma análise séria e ponderada dos seus fundamentos.

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